10 09 2005
Os bovinos, caprinos, ovinos e bubalinos necessitam de uma alimentação adequada e equilibrada de proteínas, energia, sais minerais, vitaminas, etc., para atender o seu desenvolvimento e produção.Nos sistemas extensivos, estas necessidades podem ser plenamente atendidas em pastagens consorciadas ou de gramíneas mais nobres, especialmente nos períodos mais favoráveis do ano.
Nas épocas de estiagem prolongada e de seca invernal, as necessidades alimentares dos ruminantes deixam de ser preenchidas, principalmente em proteínas, uma vez que as gramíneas, mesmo macegadas, conservam certa taxa energética, independente da espécie, porte e idade. Coexistindo o déficit protéico, a microflora ruminal deixa de funcionar a plena capacidade, uma vez que o fluxo de alimentos ingeridos é insuficiente para fornecer o substrato requerido por esses organismos. Assim sendo, ficam seriamente comprometidos os trabalhos de degradação e digestão dos materiais grosseiros e das palhadas em geral. Reduz-se assim, a população de bactérias e protozoários responsáveis pela produção e síntese de nutrientes (aminoácidos, proteínas, etc.), necessários aos ruminantes. Este quadro permanece inalterado até o inicio das chuvas, quando a gramínea, reconstituida fisiologicamente, começa a restabelecer seus níveis em proteínas e minerais. Para contornar esta situação, o pecuarista pode utilizar uma série de alternativas capazes de superar esses fatores. Entre as alternativas, pode-se alinhar o uso de suplementos à base de silagens, fenos, farelos proteícos, concentrados energéticos e resíduos da agro-indústria. Estudos conduzidos por respeitáveis entidades de ensino tem demonstrado que o nitrogênio (N) da uréia pode substituir com vantagens até 33% do nitrogênio da dieta, pelo fato da amônia resultante da decomposição da uréia ser indistintamente utilizada pelas bactérias do rúmen nos processos metabólicos inerentes a esses organismos, especialmente à síntese de aminoácidos essenciais à produção de proteínas de alto valor biológico, como são as protéinas microbianas. Verifica-se desta forma, que os sistemas produtivos regionais podem utilizar, com vantagem, a uréia na alimentação e suplementação dos rebanhos, graças ao leque de alternativas tecnológicas colocadas pela pesquisa à disposição dos criadores e ao baixo custo da uréia.
PROPRIEDADES FÍSICAS:
1- Características: Produto sólido em grãos (perolado)
2- Incompatibilidade:
Nas misturas com sais minerais apresenta incompatibilidade com fosfatos desfluorizados, cal virgem, calcários calcinados e compatibilidade limitada com os fosfatos mono e bicálcico.
3- Cuidados na Utilização:
O nível máximo recomendado, por animal, é de 40g para cada 100kg de peso vivo, por dia. A adaptação do animal ao produto deve ser feita de maneira gradativa, administrando-se 50% da dose indicada na 1a semana, 75% na 2a semana, estabilizando-se a quantidade total a partir da 3a semana. As misturas com uréia pecuária devem ser homogêneas. Quando a uréia pecuária é fornecida em excesso ou ingerida acidentalmente pelo animal desencadeia um processo de intoxicação que pode ocasionar a morte do animal. Nesses casos, deve-se promover o esvaziamento gasoso do rúmen e administrar de 3 a 10 litros de vinagre direto no rúmen, via trocater ou pela boca do animal, repetindo-se a dosagem, caso seja necessário.
4- Armazenamento:
A uréia pecuária ensacada (sacos de 25kg) deve ser armazenada em pilhas de, no máximo, 20 sacos sobre estrado de madeira, em local coberto, seco e arejado.
5- Prazo de validade: 36 meses, desde que mantidas as condições de armazenamento.
Fonte: Site www.paralerepensar.com.br/urepecu.htm |